segunda-feira, maio 24, 2010

O Fordismo está acabando com os profissionais

Antes da revolução industrial, os artesãos eram capazes de realizar todas as etapas de seu trabalho, do inicio ao fim, sem nenhuma supervisão.
Com a chegada do fordismo, o trabalho foi dividido em várias pequenas partes, onde uma pessoa com pouquíssimo conhecimento poderia exercer sua função. Por conseqüência, passou a ser treinado e substituído mais rapidamente.
Não é difícil imaginar como esse novo paradigma, ao longo do tempo, tem deixado as pessoas mais burras. Porém, o trabalhador enquanto indivíduo dono de seu próprio destino, não pode culpar os empresários por não terem cuidado de seu futuro. Assim, apenas esse argumento social não interessa as empresas, principalmente a curto prazo, visto a praticidade do modelo fordista.
O diferencial só vem com idéias! O interessante para os empresários é que mão-de-obra mais inteligente dá mais dinheiro. Mas como nosso sistema de mercado pode ser mais lucrativo se ele mesmo está destruindo sua competição?
Os funcionários, alocados em atividades pequenas e restritas não possuem uma visão geral para exercer outras funções. Assim, o modelo fordista transformou as particularidades em profissões inúteis fora de um contexto bem específico. O meio se tornou o fim.
O mercado em qualquer nível precisa fazer sua infra-estrutura funcionar, mas há poucas pessoas fazendo aquela pequena coisa que se precisa e os artesãos, com toda sua capacidade, estão ocupados demais nos seus fragmentos de trabalho. Chego a pensar se todas profissões não foram complicadas intencionalmente ao longo do tempo para as pessoas se sentirem mais úteis.
O engraçado é quando o RH diz que não acha mão-de-obra qualificada e ao mesmo tempo está cheio de gente ociosa dentro da empresa.
Nesses moldes, para o mercado não adianta investir em formação, porque o treinamento da concorrência sempre vai ter pouco utilidade dentro de outra empresa.
Minha conclusão é que se os empresários quiserem realmente facilitar a contratação e competição, vão ter que olhar através de um paradigma que parta do princípio que os profissionais são capazes e os incentivem a fazer qualquer atividade que desejarem dentro da empresa.

Roberto Nogueira

2 comentários:

  1. Bob,

    Se vc for a bola, fordismo é o ideal. Por outro lado, se vc for a caçapa... bom, ai só resta reclamar msm

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  2. O novo visual do blog está bem legal!

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